segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Neoplasias esofágicas

O cancro do esofágo é incomum e muito letal. É mais frequente em indivíduos de raça negra e do sexo masculino.
Ocorre com maior frequência com idade superior a 50 anos e parece estar associado a um nível sócio-económico mais baixo.
Existem 2 tipos de carcinomas: epidermóide e o adenocarcinoma.

Carcinoma epidermóide:
- a sua incidência tem diminuído nos ultimos 30 anos;
- factores predisponentes: consumo excessivo de álcool (o Whisky está associado a maior inciência do que o vinho ou a cerveja) e de tabaco, ingestão de nitritos (carne e peixe curados ou fumados), toxinas fúngicas em vegetais de conserva, chá muito uente, ingestão de lixívia, estenose induzida por radiação, acalásia crónica, deficiência nutricional de molibdênio, vitamina A e zinco. Há também factores de susceptibiliadade do indíviduo, como Sindrome Plummer-Vinson e a Hiperqueratose congénita.

Adenocarcinoma:
- a sua incidência tem aumentado abruptamente, sendo responsável por mais de 60% dos casos de carcinoma do esófago;
- está associado a refluxo gastroesofágico crónico com esófago de Barrett, portanto é mais comum em obesos.

O cancro do esófago ocorre em 10% dos casos no 1/3 superior, em 35% no 1/3 médio e em 55% no 1/3 inferior.

Sintomas iniciais: disfagia e perda ponderal. --> quando estes ocorrerm, geralmente o cancro já se encontra num estadio incurável, infiltrando mais de 60% do lúmen esofágico.

Doentes de risco para carcinoma epidermóide do esófago (fumadores e alcoólicos), tambem tÊm indidÊncia elevada de cancro do pulmão, cabeça e pescoço, portanto devem fazer endoscopia da laringe, traqueia e brônquios.

Quando se efectua uma biópsia via endoscópica, em 1/3 dos casos não se consegue obter tecido maligno; assim, o exame citológico com escova deve complementar a biópsia em todas as situações.

Este tumor tem muito mau prognóstico, com uma taxa de sobrevida de menos de 5% aos 5 anos após o diagnóstico. O tratamento passa pelo controle dos sintomas (ressecção cirúrgica apenas em 45% dos casos, estando associada a uma mortalidade pós-operatória de 5-10%; radioterapia tem resultados semelhantes à cirurgia, contudo é menos eficaz no controle dos sintomas obstrutivos; a associação de quimio e radioterapia parece estar associada a algum aumento da sobrevida) e por medidas paliativas (sessões de dilatação endoscópica, gastrostomia ou jejunostomia cirúrgica para hidratação e alimentação e colocação de stent metálico expansível para manter o esófago aberto).

(Informação baseada no Harrison 17ª edição)

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